25 de outubro de 2011

Pitty acha que ainda falta espaço para a mulher

A cantora diz que faltam muitos passos até chegar em um nível de igualdade

A baiana Pitty, de 34 anos, hoje é o grande ícone da roqueira brasileira, mas ela acredita que a mulher precisa romper a barreira, não só no âmbito musical, mas como em outras áreas também. “Não sei se há uma resistência da mulher no rock. Ele é só um meio. Talvez a mulher ainda não chegou no nível de igualdade do homem. Este é um processo muito novo no mundo! E no rock incluso nisso tudo! Faz pouquíssimo tempo que a gente começou a andar de calça jeans, teve o direito de trepar porque veio a pílula . Faz pouco tempo que temos o direito de votar, dirigir uma empresa”.
Pitty acredita que ainda faltem muitos passos para serem dados até chegar a um mundo ideal para as mulheres, no qual elas e os homens vivam igualitariamente.
“Com certeza! Para começar precisa começar a não existir mais este tipo de pergunta [sobre o que precisa mudar]. Talvez um dia não seja preciso mais perguntar isso para o outro. Talvez isso um dia seja a regra e não a exceção. Talvez chegue uma hora que isso não seja tão mais absurdo”.
Carreira
Atualmente Pitty trabalha no projeto Agridoce, no qual forma uma dupla com o guitarrista de sua banda, Martin Mendonça, e que é dedicado a canções no formato acústico, utilizando na maioria das vezes violão, voz e piano. O lançamento está previsto para o fim do ano, mas as músicas já estão circulando pela internet.
Como as melodias do novo CD são mais tranquilas, Pitty é questionada se este é um reflexo de uma nova fase sua de vida mais calma. Sem pensar duas vezes, ela logo responde à pergunta:
“Nem fudendo! Este é só um lado que eu nunca tinha mostrado. Tem muita coisa que nunca mostrei. Vocês acham que as pessoas são tão rasas que são reveladas através de um ‘disquinho’ ou uma entrevistinha? Não, as pessoas são mais profundas que isso”, pontua.
Ela conta que as inspirações para compor suas músicas são sempre de sentimentos guardados dentro de si e as canções não são feitas para querer agradar o público.
“Infelizmente muita gente não gosta desta minha resposta, mas eu acho que quando você trabalha com a arte tem de ser uma expressão sua, senão você está fazendo encomenda. Se começa a fazer o que as pessoas estão querendo ouvir, perde-se um pouco de sua identidade. Acho que não funciona”.
Rock in Rio
Ela também foi uma das grandes atrações do Rock in Rio, no último dia do evento, no Palco Mundo. Pitty, que fez um show que recebeu algumas críticas, ficou feliz com o resultado de sua performance. Foi lindo, massa. Foi muito bom. É muito louco, uma mistura de coisas! Ao mesmo tempo que você está concentrada para fazer um show também tem de pensar nas coisas técnicas. Também você não quer perder a espontaneidade, mas foi emocionante! O máximo."


(Fonte:O fuxico )