Como tempo é dinheiro, muitos artistas não podiam se dar o luxo de ficar parados esperando o sucesso (e o dinheiro, claro) bater à porta: para sustentar a vida de artista recorriam aos famosos “bicos” para descolar uma grana. A baiana Pitty é a prova viva dessa tese: trabalhou como garçonete e vendedora por um bom tempo, antes de ficar famosa.
E nem pensava em formar uma banda, quanto menos em se tornar uma rockstar, quando conseguiu o seu primeiro emprego, bem novinha, aos 12 anos. Era uma espécie de “office-girl” de um escritório onde a tia trabalhava, rodando Salvador de bicicleta, entregando documentos. Naquela época, música para ela, só nas rodinhas de violão. Mas não demorou para a baiana tomar gosto pela coisa e começar a tocar e cantar, enquanto tirava uma grana como vendedora.
“A gente era treinado pra fazer o cliente comprar de qualquer jeito”, lembra. “E eu não conseguia empurrar mercadorias ou dizer que uma roupa estava linda na pessoa, se o caimento estava horrível e ela parecia a Vovó Mafalda. Eu falava a verdade, e às vezes nego ficava puto”, conta Pitty, que apesar da sinceridade era uma das melhores vendedoras da loja. Mas quando a pergunta é se voltaria a ter um emprego “normal”, não tem meias palavras.
“Deus me livre”, diz. “Primeiro que eu sei que não levo jeito pra muita coisa. Segundo que detesto disciplina, regras de vestuário, horários a cumprir. Espero dar meu último suspiro no meio de um show, tipo aqueles velhos tarados que morrem trepando”.
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Pitty, claro, não é a única que precisou dar um jeito para conseguir dinheiro enquanto o sucesso não vinha. De zelador a mascote de parque de diversões,a Multishow reuniu a seguir os ex-empregos mais bizarros das estrelas da música. Para conferir a matéria completa clique aqui