Em 2001, o Brasil viu o seu último Rock in Rio. No tempo que se passou até a edição nacional seguinte (que começa no próximo dia 23), o rock brasileiro mudou bastante: nomes fortes desapareceram ou perderam gás, as rádios e a MTV diminuíram seu espaço para o gênero, os shows internacionais ficaram mais comuns, a internet mudou todo o jogo da divulgação, e a distribuição da música e as grandes gravadoras deixaram de apostar na cena, ocupadas com outras ondas. Mesmo assim, uma nova geração de rock surgiu e se desenvolveu nesses dez anos. E está representada no Rock in Rio 2011: NX Zero, Pitty, Detonautas Roque Clube e Gloria (no palco Mundo, o principal), Matanza, Cidadão Instigado e Móveis Coloniais de Acaju (no palco Sunset). Cada um com sua história.
- Em 2001, na última edição brasileira do festival, minha banda, o Inkoma, tinha acabado. Mas eu continuei compondo. Havia a vontade imensa de viver de rock, mas tudo parecia muito difícil e distante - conta Pitty, que em 2003 lançou seu primeiro disco, "Admirável chip novo", e, anos depois, se tornaria um dos nomes comercialmente mais importantes do rock brasileiro nos anos 2000. Qual seria a razão, então, da virada de expectativas?